segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Mudar é inevitável?!?

Será mesmo... Às vezes fico pensando sobre isso... Lá se vão horas, cervejas e longas conversas, mas nunca foram conclusivas, pois essa questão sempre volta à tona.
Penso de como mudei desde que cheguei aqui, nessa cidade quente como o inferno e fria ao mesmo tempo. Essas mudanças se concretizaram ao longo de dias, se arrastam por meses e elas sempre foram processuais, raríssimas vezes ao acaso, do dia para noite. Mas também, tudo que eu consigo resolver logo é se faço ou não regime, se economizo mais ou não, mas essas duas resoluções nunca duram mais que alguns meses... Quanto a questão da dieta ela vai ficando difícil a medida que as férias se aproximam, também minha mãe cozinha muito e tudo que eu quero. Aff! Toda vez são 3 quilos a mais, mas sempre que vou comer penso “quando chegar lá em Marília não como”, mentira, eu como em todo lugar, adoro comer!!! IHIHIH. Quanto ao fato de economizar, logo desisto por que não posso deixar uma vontade individual atrapalhar a economia, pensa comigo, se eu parar de comer fora, os restaurantes vão lucrar menos e os empregados sofrerão as conseqüências, se eu deixar de consumir meus livros, o que será desse pobre setor, no caso do Brasil Paupérrimo setor, diga se passagem. Se eu passar a fazer o serviço doméstico, mas um desempregado, que deixará de consumir, e o ciclo só aumentará! O que eu faço na verdade é fazer a economia circular, pense estou contribuindo para um bem maior.
Há também outra exceção, no caso de imposição! Daí não tem muito que fazer! Você tem que mudar se não apodrecerá na sua insignificância, pois a medida que o tempo passa as coisas mudam de valor, talvez elas nunca tivessem tido, pois as coisas valem o valor de uso pra cada um.
Mas, as mudanças que eu fiz na minha vida, como eu já disse foram bem pensadas, repensadas, tripensadas, vistas do ponto de vista dos meus amigos, que sempre gastam parte do seu tempo comigo.
Na verdade esse texto também é inconclusivo, pois comecei a escrever sem saber onde iria dar!!! Não deu em nada, mas pelo menos organizei melhor meu pensamento.
Bom... por hoje é só pepessoal!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Melhor fazer de nova!!!

Essa semana foi aniversário da minha mãe, e neste post falarei de uma das lições que ela me ensinou...
Nunca fui uma filha exemplar, fui poucas vezes à missa, mas nunca dei trabalho na escola, até a aborrecência, quando comecei a sair de casa todo dia, não me importava se estava chovendo ou se o céu estava estrelado, isso era apenas um detalhe... Na verdade era muito melhor sair com chuva, assim só saía a galera massa, sem aquelas meninas da chapinha, que sempre me odiaram, mas a recíproca também é verdadeira. Ah, se tivesse chovendo eu descia com guarda-chuva e escondia num lugar ótimo, tipo um esconderijo.
Meu, era batata, de segunda a segunda eu estava na rua, de dia a noite, que pra mim isso é outro detalhe, muitas vezes saía de dia e voltava com o sol raiando, e é claro que eu não levava a chave do portão do condomínio, aí tinha que pular, pulava, as vezes a saia rasgava, mas tudo vale a pena.
Fazia festa de tudo, tudo era motivo pra qualquer comemoração, festa a fantasia, cuja fantasia minha mãe fazia, festa do Havaí, festa de tudo. Minha mãe sempre ficou do meu lado nas baladas, as vezes fazia charminho, mas eu sabia como convencer a veia.
Mas, havia as outras véias e as outras pessoas que odiavam o fato de eu sair todo dia e ainda não ficar de castigo, muitas vezes fui acobertada pela minha mãe, por que de vez em quando, meu pai queria que eu ficasse em casa, ou vinha falando que eu chegava muito tarde que não ia sair, e eu com a cara mais deslavada do mundo dizia: Pai, eu tive que esperar as outras pessoas não podia vir sozinha, é muito perigoso!!! Mentira, em Pedreira nada era perigoso pra mim, eu conhecia e era conhecida de todo mundo, sentava nos botecos com todos, sem distinção de nada, na verdade o fato de eu não fazer distinção de ninguém as vezes gerava conflitos em casa, mas era só eu fazer uma carinha e era perdoada. Mas as véias não me perdoavam, falavam na cabeça da minha mãe o tempo todo: Marlene, o que vai ser dessa menina, ela vive na rua, joga bola com os moleques, fala mais palavrão que qualquer pessoa, coitadinha!!! Deixe ela de castigo uns dias, é muito feio, o que ela faz...
E a sábia Marlene respondia: Melhor fazer de nova, do que fazer de véia! Por que tem coisas que só se pode fazer com 18 anos e não com trinta, de véia muitas coisas ficam feias.
Hoje, refletindo sobre isso é verdade, meu, já fiz de tudo e escolhi o que é melhor pra mim, e agora eu olho e vejo pessoas fazendo o que eu fazia com 18 anos, fazendo com 30, é ridículo. È anacrônico.
Por isso eu digo, vou usar mini-saia até os 40, por que ainda vai ficar bem, o feio é começar usar drogas aos 30, meu, se você já teve 18 anos, e não beijou 5 na noite, se não saiu carregado algumas vezes, se não foi para no hospital, senão vomitou no seu quarto, se não se meteu em brigas, senão levou nenhum soco de ninguém ou por ninguém, se você nunca caiu no carnaval e ficou roxo, meu amigo, o tempo passou, saía dessa vida, pois a fase bate cabeça já foi. Meu, pra que tentar reviver o que você não viveu, o tempo gastou.
Pra inveja daquelas véias e se hoje eu fosse macumbeira colocava o nome delas na boca do sapo, eu sou uma pessoa muito responsável!!
Mãe sare logo, te amo!!!

Por hoje é só pepepessoal

sábado, 2 de agosto de 2008

Morro do Sabão

Quando eu era pequena sempre ficava na casa da minha vó, como ela mora no alto de um morro, o maior que eu conhecia a gente a chamava de Vó de Cima. Perto da sua casa tinha um morro enorme que era de paralelepípedo, ou como, a gente chama na minha terra: era um morro de macacado, pra complicar ainda mais a situação desse coitado morro em seu pé corria o rio.
Esse morro era tão grande e tão pavoroso, que era chamado de Morro do Sabão, por que quando chovia virava um escorregador gigantesco, nem o Playcenter tinha um tão grande...
Eu sempre andava de bicicleta perto da casa da minha vó, pra ir a todo lugar, meu pavor desse morro era tão grande que eu sonhei várias vezes que eu estava andando de bicicleta, num dia de chuva, e perdia o breque e descia o morro com tudo e chegava lá embaixo me esborrachava no chão ou caía no rio, sempre acordava assustada.
Mas, como dizem: o tempo é o melhor dos remédios (ihihih).
Há duas semanas voltei a encará-lo frente a frente, mas dessa vez... Engoli o medo e o enfrentei, manobrei o carro, e não pensei, ou enganei meu cérebro, respirei fundo e fiz tudo, sai meio trêmula, mas com a vitória, no retrovisor o carrasco da minha infância.
Quando olhei para o retrovisor, quis até dar uma piscadinha, como se faz nos filmes, mas ri sozinha. Lá estava eu sem medo do Morro do Sabão, mas um fantasma ficava para traz.
É mesmo como as pessoas dizem o tempo é melhor remédio, esperei o meu tempo e enfrentei um grande obstáculo, mas é claro que nem todos os obstáculos são iguais ao Morro do Sabão, mas agora pretendo enfrentá-los como fiz com ele, no meu tempo. Outra lição importante é sempre respirar fundo e olhar para frente como se não houvesse nada atrás de você.

Por hoje é só pepepessoal!

domingo, 8 de junho de 2008

A estranheza!?!?!?!

Como a vida é estranha, as coisas mudam e o que podemos fazer é apenas nos conformar com essas mudanças. Quando era criança não entendia como alguns dias do ano podiam ser tão frios e outros tão quentes, como podia haver bichos que voavam como era possível um avião ficar no céu ou como fazer um navio flutuar sobre a água. Havia muitas coisas que eu não entendia e faziam da minha vida um mar de perguntas incompreensíveis para qualquer pessoa.
Mas, fui percebendo que essas coisas podem ser facilmente explicadas, pela geografia, física, e todas essas disciplinas que aprendemos na escola, e eu como nerd que sempre fui, compreendi a todas elas e compreendo perfeitamente, a variação das estações, o fato dos pássaros possuírem ossos ocos, e que isso lhes permite voar, a força de empuxo, etc, como cansa, explicar como o mundo funciona.
Mas, há ainda uma questão que torna o mundo ainda um pouco sem sentido pra mim, no mundo com cerca de 6 bilhões de pessoas como a vida cotidiana delas pode ser tão independente da dos demais, como um pode chorar e haver milhões e quiçá bilhões rindo, como é possível e falta de conexão entre o que eu faço e o que você faz. Como é possível? Passei 90% da minha vida útil estudando e lendo, e ainda não consigo explicar isso, sei explicar coisas que são sem sentido para mim, tipo o que é meningite, mas não consigo explicar como os contrários existem e como isso interfere na minha vida.
Tudo é muito estranho, mas afinal quem se importa, cada um tem sua vida, independente do que eu pense ou viva, será que somos ilhas oceânicas distantes das demais e independentes?
Por hoje é só.

domingo, 11 de maio de 2008

Será que fui muito má?

Essa semana é o aniversário da Joice,não estarei junto dela pra comemorar, são 400 kilômetros de saudade, então resolvi escrever sobre alguma coisa que fizemos juntas na infância, então aí vai...
Quando se é criança o fato do planeta girar é uma grande coisa. Mas, eu buscava mais, procurava entender tudo o que aprendia na escola, não sei como minha grandes experiências não foram parar nos anais científicos.
Bem, minha cobaia preferida era minha irmã Joice, a primeira prova era: será que ela conseguia se equilibrar no carrinho no meu carrinho de boneca? Para isso eu coloquei minha irmã no carrinho, sentadinha, bonitinha, ela ainda tinha os dentes da frente, o percurso utilizado foi uma descida que até hoje existe na casa da minha tia. pronto, tudo estava pronto, era só iniciar o teste... 10, 9, ...1 largamos eu correndo do lado do carrinho, a Joice rindo, não sabia ainda o que lhe aconteceria. No início da corrida o carrinho esteve sempre a frente, mas no meio do percurso consegui reverter a situação e ganhei. Não contente com os resultados, realizei a prova mais umas dez vezes até que a Joice caiu.Buá, buá, buá...
Meu, como eu apanhei!!! Mas, o que passou, passou.
Então, muitos anos depois eu escrevi esse texto só para pedir minhas siceras desculpas a você, Joice.
E dizer a você que depois de todos esses anos aprendi que a gente só machuca conscientemente aquelas pessoas que vocêsabe que pode se desculpar, aquelas que você sabe que por mais que você tente essas pessoas nunca te deixaram. E você é uma dessas pessoas que eu sei que nunca me deixaram em paz.
Se pudesse voltar no tempo, faria tudo como nós fizemos, sem os dentes quebrados.
Essa foi pra você Bananitos.

Só pra vc...

Se você está por aí na estrada
Sentindo-se sozinha e com frio
Tudo o que você tem que fazer é chamar meu nome
E eu estarei aí no próximo trem.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Putz! Não deu certo!?!?

Quando era criança essa frase era uma das que eu mais falava. Também, sempre estava fazendo alguma coisa, sempre havia em minha mente uma nova experiência a ser feita, por isso meus insucessos foram muitos, mas dei muita risada e ainda dou muitas risadas das minhas proezas científicas.
Minha carreira de cientista teve início com os bolos, nossa como fiz bolos e mais bolos, é que a Joice é muito ruim, nem o diabo a quer, por que ela comeu todos e não morreu, é o milagre da vida, a reconstituição de órgãos...
Bem, mas a medida que eu crescia, também crescia minhas ambições científicas, tentava fazer em casa o que aprendia na escola, assim desde cedo aprendi que a prática é bem diferente da teoria, pois existia e ainda existe o acaso, que sempre empatava minhas experiências.
Entre todas as minhas experiências duas merecem ser publicadas para que vocês riam de mim mais um pouco e deixe claro que em sua uma NERD, mas também capitalista.
Bem, quando em estava na 5ª série fomos incumbidos de fazer um insetário, isso mesmo, uma coleção de insetos. Meu, eu saia pela rua e também no bosque, lá perto de casa, a procura de insetos, os capturava e os colocava em vidros de maionese e lá eles ficavam a te morrerem por falta de ar, podia demorar dias, mas eu não podia assassiná-los de outra forma porque senão eles ficariam disformes, quando morriam eu os pegava e injeta formol, pregava numa placa de isopor e classificava, com nome popular e científico. Aí vem a parte engraçada, eu os guardava no quarto, minha irmã e minha mãe queriam morrer, mas tudo em nome do avanço científico. A parte capitalista, era que eu nunca tive nojo e nem medo de barata, e como a dita é um inseto o seu lugar no insetário estava reservado, mas havia um porém, meus colegas tinham nojo e medo, aí foi que eu tive a sacada do século, eu pegava as baratas e vendia para eles. Meu, nem o Silvio Santos teve uma idéia tão brilhante quanto a minha! HIHIHI!
Outra experiência que mereceu destaque, foi a famosa, bomba de sapo. O procedimento é simples pegue um sapo costure sua boca e coloque um cigarro, jogue sal em sua pele e depois acenda o cigarro. O que vai acontecer? Bem, o sapo foi inchando, inchando e depois BUM! Veio a explosão, meio chocha, mas a experiência deu certo. É claro depois de algumas tentativas, taí o poder do acaso, só uma vez deu certo.
Bem, termino por aqui, se precisarem de uma barata me avisem ou se precisar explodir um sapo me chamem.
Por hoje é só pepessoal.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Ningém está contente com que tem!!!

A vida é muito engraçada, ninguém está feliz com que tem.
Quando eu era pequena todo mundo, ou pelo menos, as mulheres, olhavam para o meu cabelo e diziam:
- Nossa, que cabelo lindo!!!
Queriam pintar o cabelo com a cor do meu, mas era impossível, não havia o tom.
Eu odiava, pois na escola todo mundo me chamava de leãozinho, isqueirinho, fiat lux... e outros que os anos apagaram. QUE ÓDIO!
Quando virei mocinha, na década de 1980, o que mais me irritava era o volume do meu cabelo, mas inté que estava na moda. Mas, quando eu ia pro cabeleireiro cortar as pontas daquela juba, que também crescia mais que trepadeira, tinha sempre uma véia, de cabelo roxo, que dizia:
- Nossa, que volume! Que beleza!
Eu dava um sorrisinho e pensava.
- Beleza é o cassete, véia lazarenta. Eu pareço uma leão misturado com uma vassoura.
Lembro que só usava o cabelo preso, mas as vezes eu tinha que lavá-lo e ficar o máximo que eu conseguisse sem amarrá-lo. Diziam as más línguas que quando eu soltava o cabelo parecia a Vampita do Ex-Men. MENTIRA!
Eu parecia é uma vassoura de piaçava de ponta-cabeça.
Eu desejava dias e noites ter um cabelo diferente.
Passado algum tempo ele já não é tão mais ruivo quanto era antes e nem tem mais tanto volume, o que foi controlado com um corte curto e sexy, a cor está desbotando. E eu penso...
OH, VÉIA LAZARENTA, secou tanto que perdeu a cor.

Por hoje é só pepessoal.